sexta-feira, 7 de agosto de 2015

CUNHA - A Capital da Cerâmica


Cidade de Cunha-SP é considerada a capital da Cerâmica.
A cidade do Pinhão, da Lavanda, do Luar, das Artes, enfim.... impossível não se apaixonar por ela.

Cunha é um município no leste do estado de São Paulo.
 É a maior produtora de pinhão do estado de São Paulo.  Uma curiosidade: Cunha também concentra a maior frota de fusca do Brasil.

Estância climática, estância turística.
Cunha é um dos 12 municípios paulistas considerados estâncias climáticas pelo Estado de São Paulo, por cumprirem determinados pré-requisitos definidos por Lei Estadual. Tal status garante a esses municípios uma verba maior por parte do Estado para a promoção do turismo regional. Também, o município adquire o direito de agregar junto a seu nome o título de Estância Climática, termo pelo qual passa a ser designado tanto pelo expediente municipal oficial quanto pelas referências estaduais.

História:

O povoamento da zona ocorreu na primeira metade do século XVIII, sendo o município criado em 03 de setembro de 1785 pelo então governador da Capitania de São Paulo, Francisco da Cunha e Meneses com o nome de Nossa Senhora da Conceição de Cunha, em homenagem ao político. O nome anterior do povoado era Falcão devido a relação com a Familia Galvão de França. Sir Gawain ou Cavaleiro Verde ( Em português, Galvão ou Falcão de Maio teve seus ancestrais percorrendo a Europa e por ultimo em Portugal ( D.Pedro Galvão) da genealogia de Frei Galvão, no povoamento de Guaratinguetá.

Foi elevada a município em 1858 com a emancipação de Guaratinguetá já com a denominação atual. Vale a pena visitar o Museu Francisco Veloso, localizado na Praça Cônego Siqueira, com um grande acervo de peças antigas, principalmente da Revolução de 1932. O prédio abriga ainda a Biblioteca Municipal.
A emancipação político-administrativa é comemorada em 20 de abril, sendo outros feriados 8 de dezembro, padroeira do município e 19 de março, dia de São José, outro fato interessante é a queima do judas e a cavalaria de São Benedito, realizada na segunda-feira após a Páscoa.

Vitivinicultura cunhense

Cunha já esteve no auge com a produção de vinho, introduzida no município por Antônio de Serpa Junior (chegou em Cunha para tratamento de saúde, escolhida esta pelo excelente clima que possui), ganhando medalha de prata na exposição Sul-americana realizada em Berlim no ano de 1887. Hoje a família Veloso vem trabalhando no resgate da vinicultura cunhense, já produzindo seus vinhos de mesa, sendo utilizada as uvas Isabela e Moscatel.

Tombamento

Há vários motivos para a ação de preservação do patrimônio cunhense acumulado do ponto de vista histórico, artístico, cultural e paisagístico. Basta lembrar que há referências históricas da existência de uma povoação primitiva, nos inícios do século XVII; depois, no século XVIII, há evidências mais fortes e documentadas de um povoado que inicia a sua consolidação em 1724, principalmente, por se ter agregado à rota de escoamento de parte do ouro extraído nas Minas Gerais; quase concomitantemente, desempenhou o papel de centro de abastecimento de algumas áreas mais próximas do Vale do Paraíba, fatos esses reconhecidos pela literatura histórico-científica, e já bastante conhecidos e divulgados. Sabe-se, também, que essas atividades geraram rendas e, consequentemente, aglutinaram-se pessoas ao seu redor. Desses primórdios remontam dois edifícios da maior importância histórica para a depois Vila de Nossa Senhora da Conceição do Facão: a Igreja Matriz, consagrada à Nossa Senhora Conceição (1731) e da mesma época a Igreja, depois denominada Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos (1793), que servia de local de culto para os escravos e brancos pobres; por sua vez, outros exemplos vêm reforçar a riqueza do patrimônio histórico, artístico e arquitetônico da Cidade. Através dos professores João José de Oliveira Veloso e José Eduardo Marques Mauro foi criado o COMPHACC (Conselho Municipal do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural de Cunha)em 2008. Este Conselho, sob a presidência do professor José Eduardo, foi responsável pelo tombamento dos imóveis urbanos abaixo, conforme Decreto Municipal nº. 014/2008 (Rerratificado pelo Decreto Municipal nº. 046/2009):
Em 1932, tornou-se palco de batalha na Revolução Constitucionalista, quando um batalhão da marinha do Rio de Janeiro composto de 400 praças subiu a Serra do Mar com a intenção de chegar a capital pelo Vale do Paraíba. Os combates no município duraram três meses e nesse período a cidade, principalmente na zona rural, foi bastante arrasada: fazendas destruídas; casas e lavouras incendiadas; criações de animais saqueadas; bombardeios e pessoas inocentes sendo mortas pelas tropas. O centro da cidade tornou uma praça de guerra, a Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição foi bastante alvejada.
Durante este confronto, a cidade de Cunha conheceu seu herói e mártir, o lavrador Paulo Virgínio, que supostamente foi morto por não revelar a posição das tropas paulistas. Em homenagem a esse ilustre cidadão, foi construído um monumento no alto da serra, onde termina o asfalto da rodovia Vice-Prefeito Salvador Pacetti, na entrada de Cunha por Paraty.

Cerâmica em Cunha

A cerâmica é uma atividade de crescente importância em Cunha. Ela existe desde que a região era ocupada pelos índios da etnia dos guaranis. Esta atividade foi continuada pelas paneleiras que produziam peças utilitárias com técnica rudimentar, queimadas em forno de barranco.
Em 1975, chegou a Cunha um grupo de artistas que se instalaram no antigo Matadouro Municipal que estava sem uso na época, o qual é cedido em regime de comodato pela Prefeitura Municipal de Cunha. O grupo era formado pelo casal japonês Toshiyuki e Mieko Ukeseki, o português Alberto Cidraes (remanescentes do Grupo Takê) e os irmãos oriundos de Minas Gerais, Vicente e Antônio Cordeiro. Esse grupo dará início à construção do primeiro forno noborigama em Cunha. O forno noborigama é uma técnica de cerâmica de alta temperatura trazida do Japão. O grupo constrói o forno noborigama, dando início assim, ao Atelier do Antigo Matadouro. A primeira abertura de fornada acontece em 1976. Esse forno funciona até 1978 como forno grupal.

No final da década de 1980 a cerâmica desenvolvida em Cunha começa a se projetar no cenário nacional e os ceramistas a produzir de forma mais sistematizada. São realizadas aberturas de fornadas ao público e ceramistas paulistanos começam a chegar na cidade para montar os seus ateliês. Essa nova configuração organizacional da atividade cerâmica proporcionará o incremento do fluxo de turistas na cidade e fomentará a realização dos festivais de inverno, que se engendrariam posteriormente.

Em 2005 foi comemorado os 30 anos da construção do primeiro forno Noborigama em Cunha e foi realizado o I Festival de Cerâmica de Cunha (16 de julho a 11 de setembro de 2005) e todo ano é comemorado o Festival para que os turistas possam apreciar os diferentes ateliês. O forno Noborigama, forno ascendente em japonês, foi o mais eficiente para alta temperatura na era pré-industrial. Uma sucessão de câmaras interligadas em patamares, garante um controle localizado da temperatura e uma economia de combustível, pelo aproveitamento do calor usado na câmara anterior. Permite a queima simultânea de grande quantidade de peças com variações que a naturalidade do fogo de lenha imprime.

Em 9 de janeiro de 2009 foi criado pelos ceramistas locais e outros agentes culturais, o Instituto Cultural da Cerâmica de Cunha (ICCC) que visa ser a organização institucional do polo de cerâmica artística do município. Os principais objetivos do ICCC são: promover o crescimento e a difusão da atividade cerâmica, promover ações educativas e culturais para a população local, construir uma escola, museu e centro cultural.

Atualmente, Cunha é um dos mais importantes centros de cerâmica artística da América Latina, com 17 ateliês agrupados na Cunha cerâmica, associação dos ceramistas de Cunha. Os ateliês de cerâmica são uma das principais atrações do turismo cultural de Cunha, recebendo inúmeros visitantes.

 Geografia

O município de Cunha está inserido em uma área de planaltos (Bocaina, Paraitinga e Paraibuna) e serras (do Mar e Quebra-Cangalha), na região fisiográfica conhecida também como Mar de morros. A altitude varia muito em toda a extensão do município. As áreas mais baixas localizadas nas várzeas do Rio Paraitinga, na divisa com o município de Lagoinha, possuem uma altitude de 760 metros enquanto o ponto culminante, a Pedra da Macela, no alto da Serra do Mar, na divisa com o estado do Rio de Janeiro, possui uma altitude de 1.840 metros. A sede do município está a cerca de 950 metros de altitude e a Vila de Campos de Cunha está a cerca de 1.010 metros de altitude.
O município possui 3.229 propriedades agrícolas cadastradas.
(Fonte: Wikipédia)

Com todas essas belezas, impossível não convidar os amigos para passear em Cunha.
Vamos? Eu estou realizando saborosas atividades culturais por lá.

 Contato: carmenluci30.7@hotmail.com
                https://www.facebook.com/ServircomCarmenLuci/


3 comentários:

  1. Adorei conhecer Cunha pelo seu blog ! Tenho pesquisado muito e em setembro irei conhecer essa cidade que já me encantou pelo que li e vi na net. Minha filha já esteve lá e ficou apaixonada !
    Parabéns pela postagem !

    ResponderExcluir
  2. gostei muito do que li e vi na net, vou conhecer cunha em breve e pedalando

    ResponderExcluir